terça-feira, 7 de dezembro de 2010

ONG reúne escolas da rede estadual para discutir prevenção às DTS/HIV/Aids e racismo

Durante a tarde da próxima quinta-feira (9/12), o Instituto de Juventude Contemporânea (IJC), ONG que há mais de 10 anos contribui para a criação de políticas para juventude no âmbito local e nacional, estará oportunizando a última etapa de formação do Projeto Odara com o seminário “Juventudes: dialogando sobre saúde e racismo na escola”.

Realizado em parceria com a Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, o Odara, que seignifica “belo”, é uma ação de recorte étnico-racial, que desenvolveu nas escolas da rede pública de ensino de Fortaleza formação com foco na prevenção das DST/HIV/AIDS, envolvendo transversalmente as temáticas de gênero e racismo.

Ciclos de debates sobre temáticas envolvendo conjuntura local,  diálogo sobre saúde, orientação e distribuição de preservativos foram ações realizadas em várias escolas. Desta vez, os 200 jovens beneficiados pelo projeto participarão da formação no CUCA - Centro Urbano de Cultura Arte Ciência e Esporte, que contemplará oficinas de teatro, música, pintura, fanzine e oficina de confecção da Abayomi (boneca de pano sem costura). “O diferencial é que nesta etapa de encerramento vão acontecer as oficinas artísticas para trabalhar as temáticas de forma lúdica.” disse Hanoy Barroso, coordenadora do Odara.

O IJC acredita que através do projeto pode minimizar as estatísticas de jovens que são infectados por DST/HIV/AIDS e combater também os preconceitos de toda espécie, especialmente o racismo, fruto de um processo histórico de dominação da cultura brasileira. Para ver a programação completa do encerramento do Projeto Odara, clique aqui.
Comunicação IJC
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SERVIÇO

CUCA- Centro Urbano de Cultura Arte Ciência e Esporte
Av. Presidente Castelo Branco, 6417, Barra do Ceará
Responsável: Hanoy Barroso (Educadora Social)
(85)3247 7089 e (85) 88085714 -
hanoy@ijc.org.br

Programação da etapa final do Projeto Odara

  14h – Abertura
  • Apresentação do IJC e do projeto Odara
  • Apresentação dos parceiros
  • Lançamento da história em quadrinhos “Mombaça, território das africanidades” e apresentação da Cartilha “”Vidas em Movimento - Juventude e HIV no projeto ConViva”
14h20 – Mesa redonda “Os desafios da prevenção na escola”
  • Iolanda Santos (Coordenação municipal DST/HIV/AIDS e hepatites virais);
  • kARLA SEFOR - (Superitendencia das escolas de Fortaleza) seduc
  • Silvia Maria (Diretora do IJC)

15h10 – Oficinas artísticas
  • Teatro
  • Musica
  • Pintura
  • Fanzine
  • Abayomi
  • Ações afirmativas na escola
17h – Socialização / ENCERRAMENTO

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O Papel das Mídias Alternativas na Luta Contra O Racismo


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O Racismo brasileiro pelo seu modelo hipócrita e dissimulado, sem dúvida que é um dos mais difíceis de ser combatido, seus mecanismos de relação com o Poder do Estado, o naturalizaram como processo continuo de afirmação das desigualdades, através das leis abolicionistas extremamnete mal construídas  e sem nenhum processo de reparação que pudesse de fato, vir a promover a igualdade étnicio racial. O Brasil é um ambiente racista, basta olharmos a cor da periferia brasileira, que foi gradualmente afirmada pelo Estado, que não cumpriu o seu papel de regulador do desenvolvimento de toda sociedade, infelizmente o nosso Estado Brasileiro, sempre foi um Estado de Afirmação das desigualdades, sendo acompanhado por Empresas, por instituições de renome, por partidos políticos da esquerda e da direita, por artistas e pela mídia, que foi criando um padrão altamente racista, sobre tudo tvs, revistas, jornais e mais recentemente a Internet, tudo que se vê de positivo, se coloca o homem branco para representar, onegativo exposto e conceituado da forma mai vil possível é negro, não importando as muitas contribuições que demos também no processo de comunicação e informação, através da nossa cultura, nossa arte, nossa religiosidade, nossa linguage, nossas danças, nossa música, nossa culinária, nossos saberes e fazeres e tantos outro conteúdos que trazemos incorporados a nossa linguagem exitencial enquanto negros, que são roubados por uma sociedade branca organizada e elitista, que com o aval do Estado, das Empresas, de Organizações e de Partidos da Esquerda e da Direita(historicamente), acabam conduzindo e direcionando todo investimento prioritamente para os brancos que se utilizam dos símbolos e sígnos do povo negro brasileiro.

Quando Ligamos a televisão, quando abrimos uma revista, um jornal e acessamos a Internet, damos de cara com o racismo, que tem base na condução política do Brasil, quer seja no período colonial, no período militar da ditadura e agora no período democrático, vivemos a margem em relação a comunicação e a informação no Brasil, certamente que a Mídia consumista e poderosa não nos quer, no que certamente ela erra, a medida que somos consumidores em potencial, que vem crescendo em poder aquisitivo, mas estamos fora da mídia, dado ao estado de racismo impregnado nas pequenas e grandes Empresas da mídia brasileira, que continuarão com este processo, sobre tudo, por conta de não nos organizarmos para rejeitar produtos e contextos racistas que são montados no mundo consumista de mercado, a que todos nós militantes ou não, estamos submetidos, através de nossos filhos, nossos maigos, nossos conhecidos e nossas comunidades, que se sentem muitas vezes inferiorizadas, por todo esquema que existe de afirmação do racismo, quer seja na Escola, no Tratamento policial, na distribuição da terra, na política e em tantos outros espaços que vivemos. Nossas criançasa negra, já nascem inferiorizadas e cada dia mais humilhadas por um sistema violento que as oprime, agride e marginaliza, o mesmo acontece com a Religião de matriz Africana e os nossos negroa e negras, que ousam ultrapassar o espaço do permitido, no processo de cresceimento social, certamente que na sua mobilidade dentro da sociedade em espaços considerados de branco, passaremos por alguns constragimentos, que poderão nos revoltar, nos mobilizar, nos acomodar, nos indignar ou nos articular como uma sociedade diversa, mas também mais integrada, no sentido de buscarmos alternativas concretas para isso.

No momento estou considerando além das lutas para maior participação dos negros na mídia, o fortalecimento de mídias alternativas um fato político muito estratégico, para que possamos nos comunicar com a grande masa negra que vive e convive em sua maioria em espaços da periferia criativa, onde criam moda, arte, cultura, comportamento, músicas, danças, conhecimento, saberes e fazeres, que não são consiedrados na maioria das vezes, nam pelo Estado, nem pela grandes Empresas, neste aspécto, é fundamental que construamos redes de comunicação alternativa, para valorizar os nossos talentos, nossos conhecimentos produzidos em muitos espaços de saberes acadêmicos ou populares, mas apesar disso, continuam esquecidos e discriminados pela mídia. è preciso que tomemos nas mãos ferramentas alternativas da Mídia e da Comunicação, atarvés de redes de rádios comunitárias, redes de rádios e tv WEB, boletuins da informática e outro mecanismos que podem ser alicerçados por sites e blogs criados por nós mesmos e também estúdios musicais, onde possamos levar a nossa música, a nossa informação e fazer contratado de publicidade alternativos dentro das nossas própias comunidades, massificando novas informações com um conceito mais negro de desnvolvimento integrado e sustentável.

Certamente que vamos ter que aprender a registrar e difundir os nossos conteúdos negros, no sentido de crair um mercado cada vez mais forte e qualificado, vamos continuar produzindo nossa músicas de balanço forte, mas através de festivais interativos, vamos propor temas de conscientização, no sentodo de continuarmos a tocar as nossas músicas mais com conteúdos politicamente mais corretos, neste sentido, a juventude e as mulheres que sustema as comunidades de criativas de baixa renda, com suas inqueietações e incomodos, precisam ser potencializados, capacitados, qualificados em suas criatividades, invetividades e necessidaes através desta mídia alternativa, que se formará para uma nova tendênciade desenvolvimento e fortalecimento político de nossa lideranças de base, acredito que este fato, seja um processo político, que deva ser qualificado por nós com força e independência, com compromisso étnico racial e social, com autonomia e com Projetos Grandes e Pequenos, que devem funcionar como processo da política de base e tomada de poder gradual, a medida que estaremos nos comunicando entre nós, valorizando os nossos, através de notícias, eventos, festivais, feiras, encontros, semonários e tantas outras atividades de promoção daquilo que produzimos em nossas comunidades criativas, mas cabam sendo sequestrados e roubados intelectualmente, por quem tem mais estrutura, nos deixando apesra de todo legado criativo e einvetivo, sempre a margem de um processo, que podemos tomar nas mãos senos organizarmos, através de uma debate e ações concertas nesta direção, o que certamente mudará este Brasil, a curto, médio e longo prazo, acho o CEN, um espaço político, excelente para a construção desta verdade, por tudo que esta organização constrói sobre tudo na relação com terreiroas, que podem ser espaços de concentração e aprendizado desta comunicação fundamental que precisamos ter, qualificando filhos de santo e pessoas das comunidades do entorno, que se interesse em se comunicar e informar cada vez melhor, construindo uma mídia alternativa, para o fortalecimento econômico das nossas comunidades crioativas de baixa renda e ampliação do processo de comunicação alternativa, uma via de mercado a ser melhor trabalhada pelo nosso povo, vamos lá!

Edson CostaColetivo de Entidades Negras - Bahia

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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Aula de Hoje: A Odara da diferença

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Racismo e Escola, duas palavras aparentemente sem nenhuma ligação, será verdade? Sei, que no mundo juvenil, a escola é o espaço privilegiado onde aprendemos e compartilhamos os saberes, valores, crenças, hábitos e também preconceitos. É o lugar das construções ideológicas e identitárias dos seres humanos. Neste espaço que adoramos e odiamos fazemos amizades, brigamos, namoramos, jogamos, lemos, interpretamos, contamos, convencemos e somos convencidos de algo a todo instante.

As práticas racistas encontram seu lugar na sociedade, dentro da escola quando não vemos cartazes de crianças ou jovens negr@s espalhados pelos corredores, quando, num desfile de beleza invisibilizamos as meninas e os meninos negr@s desencorajando-os até de participar desse tipo de concurso (porque só ganham as meninas chapinhas, de olho claro, brancas e bem magricelas?). O Racismo está presente nos apelidos, nas brincadeiras feitas por alun@s e professor@s que, aparentemente dizem ser inofensivas, mas que marcam a gente para o resto de nossas vidas machucando como uma ferida aberta.

No ambiente escolar, o alvo das chacotas está no corpo negro que, em seus diversos aspectos, como o cabelo, o rosto e a sexualidade despertam uma variedade de preconceitos no imaginário social ocidentalizado, chegando à bestialização. O cabelo como ruim, bombril; o rosto apresentado com olhos grandes, nariz apelidado de venta e lábios denominados beiços; e a sexualidade expressa nos estereótipos de negro com pênis grande e negra fogosa de nádega volumosa.

Galera, a relação entre professor@s e alun@s afrodescendentes se dá num “clima de estranhamento”, do qual fingi-se não tomar conhecimento e os conteúdos são passados a partir de uma base eurocêntrica. Vocês já perceberam quantos capítulos os livros de História e Geografia (pra não falar das outras matérias que nem citam) trazem sobre África e quantos existem sobre a Europa? É por desconhecermos essa história que não valorizamos nossas raízes africanas, contribuindo diretamente para o enraizamento das idéias racistas em nosso país.

Não podemos ficar de braços cruzados sofrendo racismo como se isso fosse natural!! Acredito que @s jovens negr@s podem inverter o discurso do opressor resistindo e ressignificando seu modelo estético, onde o corpo negro possa sair do lugar de inferioridade e ocupar o lugar de beleza negra, assumindo um sentido político.
             
Para que a escola seja um território alternativo para a juventude negra, devemos pensá-la na perspectiva de um lugar de trocas e experiências de negros e não-negros, onde a valorização da diversidade e da igualdade sejam pilares de mudança de uma história de discriminação e exclusão em que crianças e jovens negr@s estão submetidos no interior do ambiente escolar. E atividades como: semana da consciência negra, semanas culturais, projetos de cultura popular (reisado, bumba-meu-boi, maracatus, etc), oficinas de dança e de percussão, desfile da beleza negra e o hip hop na escola são exemplos de algumas iniciativas feitas nas escolas de Fortaleza e que vem fazendo a diferença.
            
Afirmando meu direito de ser diferente, eu exerço o meu direito à igualdade de ter direitos. Garantir a diversidade é também uma forma de lutar pela igualdade.



Silvia Maria Vieira dos Santos
Professora de História e Mestranda em Educação Brasileira - UFC

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Sexualidade, QUEBRANDO TABUS.

Porque é tão difícil conversar sobre sexualidade, em casa ou na escola? Será que sexualidade é feio, pecaminoso, indiscutível na juventude?

Ao contrario do que muitos pensam, a sexualidade é sentida como uma necessidade básica de satisfação do nosso corpo. No dicionário da Língua Portuguesa, Sexualidade (sexual + -idade).

1. Qualidade do que é sexual.

2. Modo de ser próprio do que tem sexo.

A sexualidade acompanha-nos desde a infância e sofre modificações ao longo de toda a nossa vida.

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) Sexualidade é “uma energia que nos motiva a procurar amor, contacto, ternura e intimidade; que se integra no modo como nos sentimos, movemos tocamos e somos tocados; é ser-se sensual e ao mesmo tempo sexual; ela influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações e, por isso, influencia também a nossa saúde física e mental”. Portanto compreende-se por sexualidade a todo um sistema de normas, crenças, valores, emoções, hábitos e preconceitos geracional, cultural. Por isso é tão importante e lógico trabalhar com esse assunto na escola, já que ela é um espaço de acesso ao mundo do conhecimento. A escola é o espaço de encontros, desencontros, onde os problemas e conflitos são experienciados no cotidiano escolar favorecendo, assim, a aquisição de novas habilidades, competências, valores e limites que contribuem para que exerçam seu direito de aprender, como está assinado na Lei de Diretrizes e Bases da educação – LDB (Lei 9394/96)

A educação sexual pode contribuir para ajudar os adolescentes e jovens a tomarem decisões mais adequadas. Alguns estudos demonstram que a educação sexual e o aconselhamento sobre a sexualidade estão associados a uma maior utilização de contraceptivos, menor número de parceiros, início mais tardio da vida sexual, menor probabilidade de gravidez não planejada, maior conhecimento sobre fertilidade e prevenção de DST.

Portanto é importante que nós jovens tenhamos este espaço dentro da nossa comunidade escolar, que seja discutido de forma esclarecedora, explicativa, construtiva e com respeito à opinião do outro quebrando todos os tabus impostos culturalmente ou por questões geracionais (gerações, faixa etária).

DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

             No Brasil, 11,4% dos casos diagnosticados entre 1980 e 2006 foram em jovens de 13 a 24 anos. A vulnerabilidade na adolescência, com relação à sexualidade, é confirmada quando se percebe que os casos de Aids aumentam nesta fase, também, destacando a questão de gênero, atrelada a esse contexto. Atualmente, adolescentes e jovens afirmam a importância do uso da camisinha e que a mesma está sempre no bolso. Mas porque é tão crescente o número de jovens contaminados? Ter a camisinha no bolso é um mero símbolo de virilidade ou uma preocupação com a saúde reprodutiva e sexual? É certo que alguns, mesmo com informações e conhecimentos, assumem uma atitude de risco com relação a sua vida sexual, o que leva à reflexão sobre outros aspectos, como por exemplo, a necessidade de afirmação perante o grupo de pares e a sociedade referente à masculinidade ideal, neste sentido, o uso da camisinha pode torna-se um detalhe menos importante.
             A construção sócio–cultural, na qual os papéis dos gêneros são estabelecidos, é exigido dos homens um comportamento sexual ativo como sinônimo de virilidade, ser conhecedor do sexo e do corpo, enquanto que as mulheres devem demonstrar passividade sexual, fragilidade. Não associam o sexo com doenças (DST/Aids), fatores que poderiam impulsionar comportamentos de prevenção e auto cuidado. Mas a busca da oportunidade de fazer sexo, a falta de reflexão sobre as consequências dos atos e a pouca preocupação no uso da camisinha, torna a juventude mais vulnerável às DST.
            Atualmente, o termo vulnerabilidade é utilizado, com muita frequência, no campo da saúde e especificamente pela prevenção, no sentido de obter informações para avaliar objetivamente as diferentes possibilidades que cada pessoa ou cada grupo específico tem de se proteger ou de se infectar. Pensando, por exemplo, nos/as adolescentes e jovens, é possível perceber que esta faixa etária é extremamente vulnerável: pelas características próprias de idade; pela inexperiência que tem em lidar com seus próprios sentimentos e com os dos/as parceiros/as; pela falta de informação que tem sobre as formas de transmissão e de prevenção, tanto da Aids quanto das outras doenças sexualmente transmissíveis; por não deter determinadas habilidades, tais como: tomada de decisões, assertividade, comunicação, negociação etc.
            Existem aspectos em nossa cultura que acabam funcionando como uma barreira à prevenção e ao auto cuidado, como exemplo: nem todos/as os/as jovens têm acesso à informação e a serviços de saúde; a distribuição de preservativos é insuficiente, o número de programas de prevenção e de atendimento a adolescentes vitimas de violência ainda é muito pequeno. Esta é a vulnerabilidade social e institucional.
            No entanto, se, de um lado, as pessoas devem evitar uma gravidez, caso não queiram ser pais ou mães ou, ainda, se prevenir para não pegar alguma DST/HIV/AIDS, de outro é preciso, também, exercitar a solidariedade em relação àquelas pessoas que vivem qualquer uma dessas situações. Por solidariedade, entendemos uma atitude de apoio, proteção e de cuidado em relação às pessoas com quem convivemos. Nada tem a ver com pena, dó ou compaixão; porque é recíproca. É algo sentido e praticado de igual para igual.
            Os índices do Boletim Epidemiológico de Aids evidenciam que, a partir do ano de 2000, houve uma inversão na incidência de casos de Aids na faixa etária de 13 a 19 anos, com um aumento de casos entre adolescentes, principalmente do sexo feminino que se dá pelo que já foi citado acima, a fragilidade e passividade que as mulheres devem demonstrar.
           O serviço de saúde com a falta de atenção dos médicos, o número reduzido de funcionários, o atendimento inadequado e o tempo de espera para receber uma consulta, são excludentes para o acesso aos serviços. Mas o que fazer para contribuir com a prevenção de DST/Aids entre adolescentes e jovens?
Investir em recursos que ajudem os/as jovens a exporem suas subjetividades, a situá-los como atores sociais, possibilitando que atuem enquanto agentes de transformação da realidade.
Por isso a importância de discutirmos sobre o assunto em espaços de educação e grupos juvenis. 

 
Coordenação Nacional de DST e Aids - Brasil. Coordenador Paulo Roberto Teixeira. Divulgado em 29 de
novembro de 2002. Extraído do site www.aids.gov.br/imprensa/notícias.
http://www.aids.gov.br/final/imprensa1/boletim_2002.htm (visitada em 14 de março de 2003
Aires, J. R de C. M. O Jovem Que Buscamos e o Encontro Que Queremos Ser: A Vulnerabilidade Como
Eixo de Avaliação de Ações Preventivas do Abuso de Drogas, DST e AIDS Entre Crianças e Adolescentes,
1998. Extraído do site http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_29_p015-024_c.pdf. (visitado em 14 de
março de 2003)

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Sopa de letras: raça e etnia

Conheça um pouco sobre as questões ligadas a raça e etnia no Brasil!


1. Estatuto da Igualdade Racial
O Estatuto é destinado a garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica.


2. Discriminação racial ou étnico-racial
Toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada.


3. Desigualdade racial
Toda situação injustificada de diferenciação de acesso e fruição de bens, serviços e oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude de raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica.

4. Políticas públicas
As ações, iniciativas e programas adotados pelo Estado no cumprimento de suas atribuições institucionais.


5. Ações afirmativas
Os programas e medidas especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa privada para a correção das desigualdades raciais e para a promoção da igualdade de oportunidades.


6. Preconceito
Como seu nome o indica, é um "pré" conceito uma opinião que se emite antecipadamente, sem contar com informação suficiente para poder emitir um verdadeiro julgamento, fundamentado, elaborado. Ao contrário do que se possa pensar, são “opiniões” individuais. Em geral, nascem da repetição irrefletida de pré-julgamentos que já ouvimos antes mais de uma vez.


7. Racismo
É a convicção de que existe uma relação entre as características físicas hereditárias, como a cor da pele, e determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais.


8. Diáspora Africana
Diáspora africana é a diáspora criada por movimentos e culturas de africanos e seus descendentes em todo o mundo, a locais como as Américas (Norte, Central e Sul); Europa e Ásia. Grande parte da diáspora Africana são descendentes de pessoas que foram escravizadas e enviadas para as Américas durante o tráfico negreiro do oceano Atlântico, com uma grande população vivendo no Brasil.


9. Xenofobia
Xenofobia é comumente associado a aversão a outras raças e culturas. É também associado à fobia em relação a pessoas ou grupos diferentes, com os quais o indivíduo que apresenta a fobia habitualmente não entra em contato e evita. Existem dois tipos de xenofóbicos, os mais extremados, que pregam que todos que possuem cultura e/ou etnia diferentes devem ser exterminados e os xenofóbicos moderados, que pregam que povos com culturas diferentes, não devem imigrar para as terras de seu povo, visando preservar a cultura de seu povo e para garantir que aquilo que seu povo construiu, seja somente de seu povo. Por esta razão Xenofobia tende normalmente a ser visto como a causa de preconceitos.


10. Intolerância religiosa
Intolerância religiosa é um termo que descreve a atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar as diferenças ou crenças religiosas de terceiros. Poderá ter origem nas próprias crenças religiosas de alguém ou ser motivada pela intolerância contra as crenças e práticas religiosas de outrem. A intolerância religiosa pode resultar em perseguição religiosa e ambas têm sido comuns através da história.


11. Africanidades
Este conceito tem sido amplamente discutido e trata basicamente da amplitude e valorização da cultura africana, reconhecendo, valorizando, significando e ressignificando as práticas culturais africanas. Os debates baseiam em diferentes áreas científicas, como: História, Antropologia, Comunicações, etc. Os debates sobre as africanidades estão fundamentados no conceito de etnia em contraposição ao de raça. O objetivo é construir um espaço de liberdade cultural onde a sociedade possa trabalhar a questão sem a idealização do dominador branco.


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